A Unidade de Emergência propôs alteração do fluxo de atendimentos de urgência de pacientes da Ginecologia do HC Campus. Com a mudança, as pacientes devem procurar primeiro a Unidade Básica de Saúde e havendo necessidade, a UBS deve fazer o encaminhamento via CROSS para UE.
A medida visa sistematizar o processo e ao mesmo tempo que a vaga ocupada seja contabilizada pelo Departamento Regional de Saúde (DRS XIII). Para a doutora Viviane Schiavon, coordenadora médica da GO junto a UE, “a sistematização será importante para estruturar o serviço de acordo com a demanda, conforme nos informado pela diretoria da Unidade de Emergências”.
Leia entrevista da doutora Viviane Schiavon, coordenadora médica da GO junto à UE
Doutora Viviane, que mudanças aconteceram na Unidade de Emergência?
A primeira mudança foi a estrutural. Na época do Covid, ficamos em salas improvisadas, porque precisavam do nosso espaço para atendimento e depois quando começou a reforma da UE. Com o fim da reforma, conseguimos uma sala que foi reestruturada com banheiro individual, a paciente fica mais isolada do resto dos pacientes e conseguimos um atendimento mais humanizado. A sala foi pintada, tem computador, que não tinha, para o residente, e já recebemos uma maca ginecológica nova que facilita muito o exame físico na ginecologia. São mudanças estruturais bem-vindas.
Além disso, o doutor Maurício Godinho, que é coordenador da UE, quer que a demanda de nossos pacientes seja toda regulada via encaminhamento Cross. Então, o que mudou bastante foi que as pacientes do serviço do HC Campus que vão para UE por complicações, a orientação é que elas primeiro procurem a Unidade Básica de Saúde. Não que elas não vão ser atendidas na UE, mas que cheguem reguladas para que essa vaga seja contada para a DRS.
Além disso, conversamos com ele para aumentarmos a nossa demanda de casos cirúrgicos em ginecologia geral. Hoje, mudou um pouco o perfil dos pacientes atendidos na UE. Antes tínhamos um volume muito grande de pacientes paliativos da Oncologia. Hoje temos menos, porque essas pacientes entram pela Clínica Médica e não pela Ginecologia, mas queremos ficar com volume maior de Ginecologia Geral. Com isso, o residente terá mais acesso às cirurgias ginecológicas, sangramento, abdômen agudo e poderemos absorver uma demanda importante para o SUS da nossa cidade e região.
A mudança melhorou?
A gente ficava mais tranquilo quando ela podia procurar direto o nosso serviço na Unidade de Emergências. Mas como a demanda, na UE, está muito grande, essa paciente às vezes fica horas na porta sem poder entrar. Então o fato de passar na UBS, ela já tem um primeiro atendimento. Então fica sistematizado e o pessoal da Unidade de Emergência consegue contabilizar melhor essa demanda até para estruturar o serviço.
É importante o profissional seguir essa orientação?
É o adequado, porque é uma forma de sistematizar o fluxo. Lógico que qualquer mudança, a princípio, causa um impacto. Mas vai evitar que a paciente fique lá fora num atendimento ruim, esperando, aguardando, o que pode causar muito mais desconforto. Tínhamos ideia de que talvez perdêssemos leitos. Pelo contrário, com toda a reestruturação que foi feita, o número de leitos do hospital foi mantido. O profissional precisa acatar essa mudança e necessitamos estar em constante contato com a diretoria para sempre melhorar o atendimento para as nossas pacientes.