Professoras Carolina Sales e Alessandra Marcolin assumem o DGO e traçam metas para os próximos dois anos

A professora Carolina Sales assumiu a chefia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia (DGO) pelos próximos dois anos, ao lado da professora Alessandra Marcolin, com os objetivos traçados e já mapeados os desafios que terão pela frente. E são muitos.

Entre eles, a contratação de novos professores por meio das vagas liberadas pela reitoria em 2023, a consolidação do novo currículo em curso na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), a melhoria na ambiência de trabalho, entre outros desafios. O DGO é um departamento conhecido por sua excelência no ensino, na pesquisa e na assistência, então manter a qualidade de um trabalho de grande qualidade, e melhorar o que for possível, é sempre desafiador.

“Nós estamos nos reunindo com todos que fazem parte do DGO para colher sugestões e essas sugestões serão transformadas em ações sempre que possível, dentro da limitação que existe em uma chefia de departamento, melhorando os ambientes de trabalho com mais equipamentos, entre outros pontos que estejam à mão do Departamento realizar”.

Para levar informações a todos que trabalham no DGO sobre as ações realizadas, foi criado um boletim eletrônico. “Nós elegemos melhorar a comunicação com todas as pessoas que estão trabalhando direta ou indiretamente com o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Com isso, nós criamos um boletim que vai trazer as notícias do DGO para todos”.

Leia a entrevista completa.

Boletim eletrônico

Olá a todas as pessoas que fazem parte do DGO!

Em maio do ano passado, eu e a professora Alessandra assumimos a chefia do Departamento e nós elegemos melhorar a comunicação com todas as pessoas que estão trabalhando direta ou indiretamente com o Departamento de GO. Com isso, nós criamos um boletim que vai oferecer notícias sobre graduação, pós-graduação, pesquisa, assistência, funcionários e toda atuação do DGO no complexo de saúde formado pelo HC, FMRP e FAEPA. É uma maneira de estarmos mais próximos de todos e de oferecer atualizações para que todos saibam o que está acontecendo em todos os lugares em que atuamos. Espero que vocês gostem e contamos com as sugestões de vocês.

A cada dois a três meses, chegaremos até vocês por e-mail e pela página do DGO.

Início 

Quando eu assumi a chefia, eu imaginava que havia pouco o que fazer como chefe, porque a chefia de departamentos clínicos faz interface com três instituições, o HC, FMRP-USP e FAEPA. Cada uma dessas instituições têm regimentos e metas de trabalho diferentes, além de administrações consolidadas. Apesar de um chefe de departamento opinar no planejamento de atividades do HC e da FMRP, essas decisões são tomadas em colegiados maiores. Além disso, estão subordinadas à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo no caso do HC e à administração central da USP no caso da FMRP.

No entanto, eu percebi que, no Departamento, é possível sim melhorar alguns cenários de trabalho. Por exemplo, na Vila Lobato, não estava informatizada a digitação dos prontuários. Então, realizamos essa informatização e isso vai facilitar o serviço dos médicos assistentes e residentes. Outro ponto importante, dentro do HC Criança, trocamos a geladeira, o micro-ondas, para oferecer um conforto à equipe que está lá. Podemos ainda aprimorar a página de internet do Departamento, promovendo uma melhor comunicação externa e ampliando a visibilidade de nosso trabalho.

Nós estamos nos reunindo com todos que fazem parte do DGO para colher sugestões e essas sugestões serão transformadas em ações sempre que possível dentro da limitação que existe em uma chefia de departamento, melhorando os ambientes de trabalho com mais equipamentos, entre outros pontos que estejam à mão do Departamento realizar.

Desafios

Dentre todos os desafios que enfrentaremos nos próximos dois anos de chefia, um ponto absolutamente necessário é a qualidade das relações humanas com as pacientes e entre nós, colaboradores do DGO, independente da instituição com que temos vínculo.

O DGO sempre prezou por prestar um atendimento de qualidade às pacientes que nos procuram e, por isso, precisamos sempre trabalhar para que alunos e residentes possam aperfeiçoar cada vez mais o acolhimento às pacientes para que sejam bem tratadas nos locais em que prestamos assistência.

Prezamos por uma comunicação de feedbacks construtivo de modo que as pessoas que frequentam o DGO ou trabalham em cenários que administramos (alunos, residentes, médicos assistentes, funcionários, docentes e equipe multidisciplinar) se sintam respeitadas e motivadas em seu ambiente de trabalho. Afinal, passamos grande parte de nosso dia convivendo uns com os outros e essa convivência tem que acontecer da melhor forma possível, com respeito, inclusão e sempre de maneira construtiva para que o profissional queira sempre dar o seu melhor no ambiente de trabalho.

Graduação e currículo

Nos próximos dois anos sob a nossa chefia, eu e a professora Alessandra teremos um grande desafio, que é a mudança curricular que se iniciou em 2023, com o primeiro ano.

Esse tema já foi abordado por outras pessoas neste boletim, mas eu gostaria de chamar a atenção para o fato de que há professores do DGO engajados em novas disciplinas já no primeiro ano do curso de medicina, como pensamento científico, desenvolvimento pessoal e profissional, assim como em outras disciplinas que começarão no segundo ano do novo currículo em 2024.

Em 2026, as mudanças curriculares alcançarão o quarto ano da graduação, mudando a duração do internato, ou seja, em vez dos dois anos, o curso de Medicina da FMRP passará a ter três anos de internato. Nosso Departamento já se adiantou e temos modificado nossa disciplina do quarto ano, já favorecendo as mudanças que virão para o internato.

Outro grande desafio é a questão do número de docentes. Historicamente, temos entre 20 e 21 docentes, mas perdemos docentes por aposentadorias e desligamentos, sendo que atualmente temos 18 docentes. Em 2024, temos previsão de mais aposentadorias. Portanto, vamos precisar de mais professores para que possamos suprir de maneira adequada as necessidades de ensino do DGO. O Departamento goza de excelência na graduação e está comprometido em continuar prestando uma boa assistência acadêmica aos alunos. No final de 2023, recebemos 2 vagas docentes que devem ser abertas em 2024.

Residência

A residência é um dos pontos que teve um grande investimento do DGO nos últimos três a quatro anos. Estamos em um processo de profissionalização crescente da residência por meio da confecção de manuais com descrição das atividades e cenários para cada ano de residência e organização de atividades educacionais na plataforma Moodle com aulas assíncronas que o residente pode revisitar sempre que necessário. Também foram incrementadas as avaliações dos residentes com maior enfoque nas habilidades, atitudes e atividades práticas. Iniciamos as simulações com os residentes que acontecem pelo menos duas ou três vezes ao ano, e finalizamos a residência com um exame prático chamado OSCE (exame clínico objetivo estruturado por estações) que testa as habilidades que aprenderam durante os três anos de residência em Ginecologia e Obstetrícia.

As residências em áreas de atuação e as complementações especializadas, que seriam as subespecialidades dentro da GO, também se fortaleceram ao longo do tempo, aprimorando a qualidade do treinamento oferecido. Dessa forma, temos o desafio de continuar melhorando nossas residências e complementações especializadas. Os médicos assistentes oferecem uma excelente preceptoria aos residentes, sempre discutindo, com base em evidências científicas, o melhor cuidado a ser oferecido às nossas pacientes.

Melhorias

Outro ponto ao qual nos dedicaremos com muito afinco nesses dois anos é a assistência. A assistência é um dos carros-chefes do nosso Departamento. É claro que ela é exercida no Hospital das Clínicas, em outros cenários aqui do Complexo, mas a nossa atenção está voltada a melhorar o cenário de trabalho, providenciando os equipamentos necessários para a melhora da atividade assistencial e também para o aperfeiçoamento dos processos de trabalho que estiverem sob a nossa governabilidade.

Relações interpessoais

E, por último, uma bandeira muito importante defendida que tem sido pela FMRP e pelo HC, é a qualidade das relações interpessoais. É muito importante que nós trabalhemos para que se reduza a violência interpessoal e que consigamos estabelecer nossa comunicação sempre pautada no respeito e nos feedbacks construtivos. Um bom clima de trabalho melhora o desempenho e a satisfação de todos.